Assessoria para empresas do segmento de alimentos e bebidas.
Publicado em 26/01/2019
Exportar não é uma tarefa fácil para um pequeno ou médionegócio. Não basta boa vontade da empresa. Para mandar seu produto ou serviço para fora do país, é necessário esmiuçar cada área da empresa: do RH à linha de produção, do marketing ao departamento financeiro. E é fazendo esse tipo de trabalho que a empreendedora Raquel Simas, 35 anos, que ajuda negócios da região de Londrina, no Paraná, a conquistar o mundo.
Formada em engenharia de alimentos, a empreendedora começou sua carreira fazendo a gestão de produção de uma pequena indústria de alimentos.
Depois de alguns anos e por conta de sua experiência com o chão de fábrica, Raquel foi contratada pela Fundação Auracária para auxiliar os empreendedores que fazem parte do Programa de Qualificação para Exportação da Apex, o PEIEX, iniciativa que ajuda empreendedores a dar inicio ao processo de exportação. Foi neste período que ela aprendeu um pouco mais sobre os segredos do comércio exterior para pequenos negócios.
“Tive contato com o processo todo, pois minha missão era fazer uma análise completa da empresa, sugerir melhorias, fazer a análise da capacidade produtiva e responder se ela estava pronta para dar o primeiro passo da exportação”, diz.
A experiência a fez abraçar de vez o comércio exterior. E há pouco mais de um ano, ela resolveu transformar sua experiência em empresa e fundou a Fext Assessoria. A empresa, basicamente, faz todo o operacional do processo de exportação, ou seja, a parte estratégica a execução. “Para conseguir êxito com esse trabalho, eu preciso viver a cultura da empresa. É comum eu montar um escritório dentro da fábrica”, diz.
Até o momento, Raquel tem em seu portfólio quatro clientes. Ela explica que o mais complexo do trabalho não é nem a preparação da exportação ou mesmo o desenho da logística, mas entender o hábito de consumo do país importador. “É comum ter que ajustar, mais de uma vez, o produto que vai ser exportado. A paciência é uma virtude para se chegar ao produto certo para a exportação”.
Raquel é uma das participantes de uma missão da Apex ao Chile e Argentina. Junto com cerca de 60 empresários, alguns deles participantes do PEIEX, ela desbrava os dois países para tentar exportar paçocas, pasta de amendoim, doce de banana, marshmallow brasileiro, entre outros produtos, na América Latina.
Ela é assessora de comércio exterior da Gulosina, uma empresa de médio porte de doces do Paraná, que é sua cliente. Ela é a responsável por todo o processo de exportação da empresa paranaense, que deseja aumentar suas vendas no exterior.
Apesar de experiente no tema, a empreendedora disse que tem tido muitos aprendizados. Um deles, entender o que o comprador quer. “Às vezes, achamos que o produto está ok. Mas o importador mostra que podemos melhorar”, diz. “Ou seja, temos que ter o coração aberto para ouvir o que eles têm a dizer. Só assim conseguimos ter sucesso na exportação”.
Por: Revista PEGN